Durante aquele momento, sentada naquele banco de praça, ela
olhava no fundo dos olhos dele, ouvindo sua voz, seus relatos que a
tranquilizavam de um jeito estranhamente reconfortante. Ela se sentia feliz, e
sorria. Não o sorriso que era acostumada a dar, apenas por convenção, mais
sorria de verdade, pois se sentia feliz. Tudo o que ele dizia, era absorvido
por ela como uma esponja absorve a água. Ele próprio não tinha noção do efeito
que causava nela, da influência que tinha sobre ela.
Admirada, sua atenção se desligava de tudo a sua volta, dos carros, as outras pessoas que passavam, a vida continua que acontecia a sua volta, tudo era desligado e sua atenção se voltava apenas para as palavras dele, se esforçando ao máximo para gravar tudo o que conseguir aprender ao máximo, e impressiona-lo, pois sentia essa vontade em seu intimo!
O tempo parecia não passar, e quando se deu conta, já era hora de partir.
Então tudo desabou! O mundo desabou a sua volta, teria de voltar a sua realidade, e ela tinha certeza que sua realidade a observava de longe, apenas esperando esse momento para voltar a atacar. O medo a dominou novamente, e após se despedir e começar a seguir seu caminho sentiu como se aquele breve momento de alegria e aconchego tivesse ocorrido a séculos atrás...
Não foi necessário colocar o fone de ouvido, as notas de Toccata and Fugue¹ vinham a sua cabeça espontaneamente, formando a melodia que a perseguia dia e noite. Enquanto subia a rua escura e deserta, tentou ao máximo controlar suas emoções, manter sua respiração estável, e pensar em coisas agradáveis, tentando enganar seu medo. Ele próprio havia falado com ela, que somos nós quem criamos nossos medos, e que apenas o criador, tem como parar o que começou. O problema é que a muito ela tinha perdido o controle sobre aquilo, de tal forma que isso a dominava todo momento em que estava só.
Quando virou a esquina, sentiu sua presença, ouviu seu sorriso sardônico em sua mente, e sabia que aquilo estava próximo. Sem seu consentimento seus dedos deslizaram para seu pulso em busca da sua lua crescente, quando se lembrou que ela não estava lá, havia perdido, e nada mais a protegia agora. Nesse momento parou, pois na próxima esquina estava a silhueta daquilo, suas mãos começaram a suar, e os pelos de sua nuca arrepiaram. Não tinha mais como voltar, esse era o único caminho. Então lentamente ela andou em direção ao seu pior pesadelo, e quanto mais chegava perto, mais seu pesadelo sorria diabolicamente, até que ele com um simples gesto de levantar a mão a fez congelar. Ela e tudo a sua volta, pois o carro que vinha de longe também parou. Sem poder mover um músculo, ela encarou, enquanto ele vinha em sua direção, sem olhos, sem nariz, apenas um sorriso diabólico em uma silhueta de sombra. Era agonizante não poder fechar os olhos, e ele tirava vantagem disso.
Parou na frente dela, e nada dizia. Apenas se divertia a encarando, ele deu a volta, e parou atrás dela.
‘’Eu sei o que você está sentindo’’ Soou a voz dentro de sua cabeça, ‘’você pensa que encontrou um refugio.’’
‘’Não se engane, nada disso é real! Você como ninguém sabe disso, mais insiste em acreditar e manter essa farsa. Nunca se esqueça que eu sempre estou perto de você, a todo momento, a todo instante, até o dia marcado.’’ Seu coração disparou nesse instante, pois sabia que o dia estava chegando, e não tinha como fugir dele. ‘’E ele, será muito importante para o final’’
Não pode ser, a nenhum momento eu imaginava que colocaria ele em perigo, sobre algo que não tenho controle, tenho que livrar tirar ele fora dessa, custe o que custar .- Ela pensou
Nesse instante foi cortada de seu devaneio pela buzina de um carro, e o olhar de um motorista impaciente e estressado.
Tinha acabado... Aquilo se foi!
Não... Ele nunca iria, e ela sabia disso. Pelo menos não até o dia final. Ainda com a respiração ofegante, se apressou em direção a sua casa, ignorando todo o resto ao seu redor.
Admirada, sua atenção se desligava de tudo a sua volta, dos carros, as outras pessoas que passavam, a vida continua que acontecia a sua volta, tudo era desligado e sua atenção se voltava apenas para as palavras dele, se esforçando ao máximo para gravar tudo o que conseguir aprender ao máximo, e impressiona-lo, pois sentia essa vontade em seu intimo!
O tempo parecia não passar, e quando se deu conta, já era hora de partir.
Então tudo desabou! O mundo desabou a sua volta, teria de voltar a sua realidade, e ela tinha certeza que sua realidade a observava de longe, apenas esperando esse momento para voltar a atacar. O medo a dominou novamente, e após se despedir e começar a seguir seu caminho sentiu como se aquele breve momento de alegria e aconchego tivesse ocorrido a séculos atrás...
Não foi necessário colocar o fone de ouvido, as notas de Toccata and Fugue¹ vinham a sua cabeça espontaneamente, formando a melodia que a perseguia dia e noite. Enquanto subia a rua escura e deserta, tentou ao máximo controlar suas emoções, manter sua respiração estável, e pensar em coisas agradáveis, tentando enganar seu medo. Ele próprio havia falado com ela, que somos nós quem criamos nossos medos, e que apenas o criador, tem como parar o que começou. O problema é que a muito ela tinha perdido o controle sobre aquilo, de tal forma que isso a dominava todo momento em que estava só.
Quando virou a esquina, sentiu sua presença, ouviu seu sorriso sardônico em sua mente, e sabia que aquilo estava próximo. Sem seu consentimento seus dedos deslizaram para seu pulso em busca da sua lua crescente, quando se lembrou que ela não estava lá, havia perdido, e nada mais a protegia agora. Nesse momento parou, pois na próxima esquina estava a silhueta daquilo, suas mãos começaram a suar, e os pelos de sua nuca arrepiaram. Não tinha mais como voltar, esse era o único caminho. Então lentamente ela andou em direção ao seu pior pesadelo, e quanto mais chegava perto, mais seu pesadelo sorria diabolicamente, até que ele com um simples gesto de levantar a mão a fez congelar. Ela e tudo a sua volta, pois o carro que vinha de longe também parou. Sem poder mover um músculo, ela encarou, enquanto ele vinha em sua direção, sem olhos, sem nariz, apenas um sorriso diabólico em uma silhueta de sombra. Era agonizante não poder fechar os olhos, e ele tirava vantagem disso.
Parou na frente dela, e nada dizia. Apenas se divertia a encarando, ele deu a volta, e parou atrás dela.
‘’Eu sei o que você está sentindo’’ Soou a voz dentro de sua cabeça, ‘’você pensa que encontrou um refugio.’’
‘’Não se engane, nada disso é real! Você como ninguém sabe disso, mais insiste em acreditar e manter essa farsa. Nunca se esqueça que eu sempre estou perto de você, a todo momento, a todo instante, até o dia marcado.’’ Seu coração disparou nesse instante, pois sabia que o dia estava chegando, e não tinha como fugir dele. ‘’E ele, será muito importante para o final’’
Não pode ser, a nenhum momento eu imaginava que colocaria ele em perigo, sobre algo que não tenho controle, tenho que livrar tirar ele fora dessa, custe o que custar .- Ela pensou
Nesse instante foi cortada de seu devaneio pela buzina de um carro, e o olhar de um motorista impaciente e estressado.
Tinha acabado... Aquilo se foi!
Não... Ele nunca iria, e ela sabia disso. Pelo menos não até o dia final. Ainda com a respiração ofegante, se apressou em direção a sua casa, ignorando todo o resto ao seu redor.
¹Composição de Johann Sebastian Bach
Raissa Istvan
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