domingo, 21 de agosto de 2016

Wardruna e a Síndrome de Aquiles



"Esse post é referente a musica Helvegen do grupo Wardruna"

Essa musica, tem um significado tão profundo, e uma energia tão específica que fica até difícil de explicar.
Porém ela traduz muito um sentimento dos antigos, que acredito não pertenceu apenas as culturas escandinavas, mas a várias outras pelo mundo.
É o que eu pessoalmente atribuí o carinhoso nome "Síndrome de Aquiles" (não sei se esse termo já existe). Mas, vou me explicar:


Antes de ir para Troia, aquiles conversou com sua mãe, que previu seu futuro e lhe deu duas opções: Permanecer na Grécia, se casar, ter uma boa vida, ser lembrando por seus filhos e netos, porém seu nome desapareceria do mundo com o passar dos anos. A outra opção era ir para Troia, morrer em batalha, porém seu nome seria lembrado pela eternidade! E estamos aqui falando dele, em pleno 2016. Essa canção traduz esse sentimento, ela fala de morte, mas seu significado não é a morte, e sim a vida. Como diz Gandalf: "Não devemos nos questionar porque algumas coisas nos acontecem e sim o que podemos fazer com o tempo que nos é dado."


Penso muito sobre isso. Em um mundo onde tudo é tão efêmero, o que nos resta? Vamos ser apenas mais um nome em uma lápide? Porque essa sede de ser lembrado? E será que isso realmente tem algum significado? Eu não tenho respostas pra essas perguntas, e nem sei se um dia chegarei a ter, mas de uma coisa tenho certeza, que esse sentimento não é atoa. Foram tantos na história com esse mesmo sentimento, tantos povos que pensam e relatam sobre isso. Eu me considero pessoalmente uma portadora da "síndrome de aquiles", porém não sei o motivo desse sentimento. Afinal, mesmo que um nome ecoe por mil, dois mil, três mil anos, um dia tudo irá acabar não é mesmo?


Mas bem, acho que já me fritei de mais pra um domingo chuvoso como esse, que afinal é um dia perfeito para ouvir essa musica maravilhosa do Wardruna, que caso alguém não conheça, eu super indico. E pra finalizar o ultimo refrão da musica, que é traduz tudo o que eu disse:


''O gado morre
Os parentes morrem
Você também vai morrer
Eu sei o que
Nunca morre
A reputação daqueles que morreram"




Raissa Istvan

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Projeto Andy

Bem, esse é o primeiro capitulo de uma historia que comecei a algum tempo. Ainda não revisei completamente, por isso tem alguns erros na concordância, e ideias um pouco descontinuas! Mais já é uma prévia da historia que estou criando! Minha inspiração pra escrever foi o filme Leon O Profissional, o qual eu recomendo a todos, pois é um filme fantástico! Sem mais delongas, o primeiro capitulo do Projeto Andy:

                                                          
                                                                    Capitulo 1

Quando o sinal da escola tocou Andy esperou todos saírem da sala para ser a ultima a sair, quando todos saíram, ela pegou sua mochila e foi até a porta, antes de sair olhou o corredor, pra ter certeza de que seu primo não estava na espreita, mais viu apenas um grupo de garotas que conversavam alto e estavam rindo, falando sobre garotos e bobagens provavelmente, Andy tinha 10 anos, não tinha muito interesse por esses assuntos, e pensava que nem quando ficasse mais velha teria, pois não se imaginava como uma daquelas garotas um dia. Enquanto andava pelos corredores da escola, que aparentemente precisavam de uma pintura nova, pois a velha pintura amarela, já estava quase marrom de sujeira e descascando, olhava frequentemente para trás, procurando por sinal de seu primo e sua mini gangue de delinquentes, que às vezes a perseguiam pra insultar ela. Ela não viu nenhum deles, os corredores já estavam quase vazio, então ela se apressou para o banheiro feminino.
O banheiro não tinha um cheiro muito agradável, quando ela entrou, duas garotas estavam se olhando no espelho e tagarelando, sem nota-la, pegaram suas bolsas e saíram. Andy colocou sua mochila no chão e foi até a pia, a torneira estava um pouco dura de abrir, e fazia um ruído estranho enquanto a água caia, ela encheu suas mãos de água, e jogou no rosto, olhou sua imagem no espelho, seus olhos castanhos amendoados, e seu cabelo preto que caia nos ombros, um rosto de criança, mais Andy não se sentia como uma, ela não fazia as coisas que crianças de 10 anos geralmente fazem, e talvez nem teria essa chance com a vida que levava, seu irmão Jim, que tem 16 anos, fazia o que podia pra que ela tivesse uma vida normal, Andy reconhecia o esforço do seu irmão, mais sabia que era difícil, e ela já não se importava mais, tinha aprendido cedo a se virar. Ela e seu irmão moravam com o tio Gabe, um homem ranzinza, de 45 anos, que não gostava dos dois nem um pouco, e não fazia nenhum esforço pra fingir que gostava, estava com eles só pela pensão que o governo pagava, e como ele é a única família deles, era isso ou um orfanato, onde separariam os irmãos o que estava fora de questão. Gabe tem um filho, Alec, 2 anos mais velho que Andy, que também não era exatamente um doce de pessoa. Alec nunca foi amigável com Andy e seu irmão, dês de que se mudaram para sua casa, quando Andy tinha apenas 5 anos. Ela se lembra de pouca coisa dessa época, pois era muito jovem, seu pai morreu antes dela nascer, por envolvimento com o trafico de drogas, e sua mãe cuidou dos dois, trabalhando como garçonete, até que um dia foi encontrada morta a tiros em uma rua perto de onde trabalhava, até hoje não se sabe quem a matou, e nem o motivo, pois ela aparentemente não tinha nenhum envolvimento com criminosos e traficantes.
Após o incidente ela e seu irmão, foram pra casa do seu tio, um apartamento no subúrbio da cidade, em um prédio velho que fedia a cigarro e mofo, onde um pequeno quarto nos fundos do apartamento, que era uma dispensa, foi ajeitado para os dois. Naquele pequeno quarto, Andy e Jim fizeram seu lar, ele tinha 11 anos na época, e cuidou dela praticamente sozinho. Dez de então viveu neste lar, e passou sua infância foi vendo várias mulheres entrarem e saírem do apartamento do tio, dia e noite, e brigando com seu primo frequentemente, até começar a frequentar a escola, a dois quarteirões de distância de casa, onde não fez questão nenhuma de fazer amigos, pois sempre pareceu para ela, que as pessoas estavam em um mundo diferente do seu!
Sua hora preferida era a do intervalo, quando encontrava seu irmão, que deixava ela ficar com ele e sua turma. Assim seu primo não ia infortunar ela, pois ele tinha medo de Jim.
Andy pegou sua mochila, olhou por debaixo das portas dos banheiros, pra ver se não havia ninguém, quando terminou, foi até o fundo do banheiro onde tinha uma janela, ela pegou a mochila e mandou pela janela, depois, apoiou seu pé em um buraco da parede por onde subiu  e passou pela janela, do outro lado, se estreitou por um decalque na parede, e andou até onde tinha uma pequena escada de incêndio, por onde desceu até o pátio dos fundos da escola, que estava vazio. Ela pegou sua mochila e saiu rápido para os portões dos fundos da escola.

Ela preferia passar pelos fundos, tanto pra evitar confusão com seu primo, como para correr até um parque que ficava a um quarteirão atrás da escola, aonde ela ia quase todos os dias, e se sentava , esperando o tempo passar. Andy preferia ficar ali, ela não gostava de ficar em casa, quando seu irmão não estava, pois Gabe bate nela as vezes quando está tonto (que é quase sempre). Ela não conta isso para seu irmão, pois não quer dar a ele mais problemas do que já tem. Jim e seu tio vivem brigando, e dês de quando ele tinha 14 anos, ele sai quase todas as noites, e chega tarde em casa com hematomas. Ela se sente mal em mentir para o irmão, eles sempre contam tudo um pro outro, Jim contou a ela, que estava fazendo um trabalho perigoso, mais que era necessário, pra juntar dinheiro, e assim os dois poderiam sair da casa do Tio, e viver por conta própria.
Quando chegou ao parque, apenas algumas pessoas estavam lá, um homem passeando com um cachorro, um grupo de adolescentes do outro lado, e uma mulher com um carrinho de bebê. Ela foi até a arvore mais perto, colocou sua mochila no chão, e deitou na grama com sua cabeça na mochila. Olhou para o céu através das folhas da arvore, estava claro ainda, deviam ser umas 16 horas, ela acabou cochilando.
Acordou com o barulho de uma buzina de carro na rua de baixo, quando levantou percebeu que já era noite, pegou sua mochila e foi andando em direção a casa.
Quando chegou na entrada do prédio, subiu as escadas da entrada, e entrou, o saguão, velho que fedia a mofo e cigarro, tinha algumas rachaduras na parede, e um elevador que dês de quando se mudou, nunca funcionou.
‘’Boa noite Andy.’’ Disse o porteiro, um homem baixinho calvo, que ficava atrás do balcão. Ele era um homem gentil, diferente da maioria dos homens no prédio.
‘’Boa noite Garcia.’’ Respondeu Andy ‘’Você viu se meu irmão já chegou?’’
‘’Estou aqui dês das 4, e não vi ele entrar não’’
Droga, Andy pensou, achei que ele já estaria em casa a essa hora.. O Jeito é torcer pro meu tio estar de bom humor hoje, e meu primo também...
‘’Obrigado Garcia, vou subir’’
Andy subiu pelas escadas de ferro que estavam um pouco enferrujadas, até o terceiro andar onde morava, seu apartamento era o ultimo do corredor, passando por um onde uma velha morava sozinha, e outro onde um homem de meia idade que quase ninguém via sair do apartamento morava sozinho.
Antes de entrar, ela colocou os ouvidos na porta pra tentar escutar algo, mais tudo estava em silêncio, então ela entrou, passou pela sala de entrada, que tinha um sofá marrom de um lado da sala, uma televisão de 29polegadas do outro, e uma mesa pequena no centro que tinha um cinzeiro, com um cigarro ainda aceso apoiado, soltando fumaça, e dois copos com uma garrafa de vodka pela metade ao lado. Otimo, pensou, bêbado, e provavelmente com alguma mulher, pelo menos não vai me encher as paciência.
Andy andou pelo corredor em silêncio, quando passou perto do quarto do tio, ouviu gemidos lá dentro, então se apressou até a cozinha, que era pintada de verde musgo, tudo na cozinha era velho, exceto a geladeira, que foi comprada a menos de um mês, pois a outra estava muito velha, e quebrada. Em cima da bancada, tinha uma cesta com algumas maçãs, ela pegou uma e foi para seu quarto. Entrou, e fechou a porta em silêncio. 

                                       Raissa Istvan

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Reativando o Blog

O Enem já passou a um mês, os vestibulares a umas 2 semanas, e finalmente estou mais tranquila, apenas esperando os resultados.
Agora minhas obrigações são apenas o trabalho, meu grupo de teatro, e ler o máximo que consigo! kkkkk
Aproveitando esse tempo decidi que já é hora de reativar o blog, pois estou perdendo o habito de escrever... Pra começar, meu próximo post será um começo de história que escrevi a algum tempo, e estava revisando ontem. É uma história bem tensa, porém eu estava tensa na época!
Pretendo postar o mais rápido possível, assim que terminar de revisar.
Desculpem a todos pela demora, e obrigado por acompanhar meu blog!
       
            Raissa Istvan

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Breve comunicado (Trabalho, tempo, enem...)

Como podem perceber estou a um tempo sem postar nada... Ao contrario do que muitos pensam, não é falta de interesse! O caso é que esses últimos dias estou conciliando cursinho, com trabalho e estudo para o enem e vestibulares. Então meu tempo está muito corrido, e provavelmente vai continuar até o enem (Maldito enem!). Por esse motivo, irei postar menos nesse período, porém não pretendo parar (não vão se livrar de mim tao fácil!), vou apenas diminuir o fluxo até o enem passar (e eu passara tbm..)
É isso, espero que não sintam muito minha falta, até mais!
                                            Raissa Istvan

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Os coelhos sabem das coisas...

‘A verdade se encontra, onde menos se espera’
Passei os dedos pelas teclas, mas nada vinha a minha cabeça, tomei um gole do meu café que já estava esfriando, já fazia 2 horas que eu estava sentado a frete do computador, mas nenhuma inspiração me atingia, e a frustração tomou conta de mim.
A quase duas semanas eu não escrevo nada, e quando não escrevo, é como se não vivesse a vida de forma verdadeira.
Um barulho me despertou do meu devaneio, me assustando. Um pássaro que bateu em minha janela, me levantei e fui abrir para o ar correr pela minha sala. Quando olhei pela janela, fui tomado de surpresa, não era a vista da rua que estava habituado, mas sim a vista interna de uma toca pequena que irradiava uma luz alaranjada. Fiquei um pouco assustado, mais fui tomado de curiosidade, e pulei a janela. Quando coloquei os pés no chão, olhei para a janela, porém ela não estava mais lá, era apenas uma parede com uma pintura amarelo Nápoles, minha casa havia desaparecido. Sei que deveria me preocupar, mas me senti tão bem dentro da toca, que nem me incomodei.
Ela era pequena e aconchegante, tinha uma pequena lareira na parede, com fogo crepitando, acima da lareira, vi fotos de coelhos em varias partes do mundo, ao lado da lareira duas estantes abarrotas de livros, a maioria velhos, mas bem preservados, no centro da sala, uma poltrona marrom bem aconchegante e do lado uma pilha de livros, fui até eles, e vi o que estava por cima, um livro de capa verde, escrito ‘Verdade’ de dourado, fiquei curioso em ler, mais um cheiro irresistível me atingiu, e olhei para o outro lado da toca, onde uma pequena cozinha se encontrava, e em cima da pia, uma bandeja com lindas cenouras, andei até elas e peguei uma. Quando mordi senti um sabor maravilhoso, e me deparei com meu reflexo na bandeja de prata, eu tinha enormes orelhas brancas, e um bigode, que me deixava bem engraçado. Comecei a cantar e dançar pela toca, enquanto comia minha cenoura, me sentindo muito feliz, sem motivo algum, e por todos os motivos ao mesmo tempo.
Quando atravessei a toca, cheguei a uma pequena escada que leva a porta de entrada, girei a maçaneta, e quando abri, uma luz bem alaranjada do entardecer invadiu minha visão, sai da toca, que estava entre as raízes de uma arvore enorme. Percebi que era outono, pois as folhas eram amareladas, e caiam aos montes. Um pouco a frente vi flores brancas e violetas, e uma caixa de correi escrito: Mr. Sebastian.  Me senti extasiado, aquela só poderia ser minha casa.
Comecei a andar pelo terreno, tinha uma bela horta cercada, com repolhos, cenouras, rabanetes, e várias outras delicias. Alguma borboletas me rodeavam, como se estivessem dançando.
Algo chamou minha atenção, uma toalha branca estendida na grama ao pé de uma arvore, com uma cesta de madeira, e do lado um pires com uma xícara, e o cheiro que vinha dela era delicioso. Larguei o resto da minha cenoura e fui até lá, o cheiro do café era muito bom, quando peguei o pires, vi seus detalhes que o fazia único, a borda toda dourada, com detalhes de flores pintadas a mão. Levei o café até minha boca, e quando tomei um gole tudo ficou escuro, silencioso, e eu caí desmaiado.
Acordei assustado na cadeira em frente a meu computador, olhei para a janela, mas ela estava fechada, e meu reflexo no vidro estava normal...
Não sabia me sentia feliz, ou decepcionado por isso, porém logo me animei, pois finalmente sabia o que escrever.
Vou escrever sobre um coelho! Mas não um coelho com pressa, e atrasado, correndo atrás de um trem, e sim um coelho que vive sua vida tranquilamente em sua toca, e a vive de forma verdadeira, afinal a verdade está onde menos se espera, e às vezes ela pode literalmente estar dentro da toca de um coelho.

                                                                Raissa Istvan

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Violência

Quando vi o que estava acontecendo, percebi que não tinha mais volta. Os dois grupos engajado em uma batalha, cerca de 40 pessoas de cada lado, alguns carregando garrafas de vidro quebradas, canivetes, tacos de beisebol, e outros sem nada, apenas com seus punhos, mas com os olhos brilhando cheios de raiva.
Eu estava um pouco distante, vendo a cena de longe. Uma tarde nublada, com uma chuva prestes a cair, o espaço era uma rua antiga e larga, do subúrbio, aparentemente abandonada, pois as lojas estavam todas fechadas, os muros pinchados e postes quebrados. Lixos se espalhavam pelos becos, emitindo um fedor que se misturava com a umidade do ar.
Os dois grupos correram um em direção ao outro, todos gritando, e quando se encontraram, foi uma das cenas mais lindas que já vi, as pessoas com tacos e pedaços de madeira, batiam em seus oponentes na cabeça com força, deixando eles desorientados por alguns segundos, então derrubavam eles no chão e começavam a chuta-los na boca do estomago fazendo eles cuspirem sangue. Vi um homem de quase 2 metros esmagando a cabeça de outro com seus punhos, uma mulher com um canivete rasgando o rosto de um oponente da boca até as orelhas rindo enquanto o sangue espirrava em seu rosto. O cheiro doce do sangue se espalhou pelo ar, e quando chegou a meu nariz, fui acometida de raiva e ansiedade, minhas mãos tremendo com a vontade de entrar na briga desceram até o bolso traseiro do meu jeans, e meus dedos logo entraram e se acomodaram no meu soco inglês, aquela sensação gelada e familiar que a tempos não tinha.
As pessoas temiam que eu entrasse na briga, pois quando começo não consigo me controlar, não faço mais diferença entre amigos e inimigos, meu único sentimento é um prazer imenso imerso em raiva, e perco a razão.
Eu não conseguia mais me controlar com o cheiro de sangue e aquela linda visão a minha frente. Em um impulso, me soltei das mãos que me prendiam, e corri a toda velocidade ao encontro da batalha, eles até tentaram me seguir, mas sou mais rápida, e em menos de 2 minutos já estava no meio.
Um punho veio em minha direção, eu me esquivei abaixando, tirei minha mão com o soco inglês do meu bolso e ainda abaixada acertei ele na boca do estomago, só quando levantei meu olhar que vi em quem batia, era um homem ruivo de baixa estatura, do grupo oposto, eu acho...
Ele tentou me chutar pela lateral, eu segurei sua perna no ar com um braço e soquei com o outro bem em cima do joelho ouvindo aquele maravilhoso som de ossos se quebrando. Meu inimigo caiu se contorcendo de dor, e comecei a chutar suas costelas, quando senti uma mão segurando meu braço por traz, e me virei de uma vez dando um soco no rosto de uma mulher.
Tinha a estranha sensação de que a conhecia, porem meus sentidos estavam confusos, e eu só pensava em bater e extravasar minha raiva. A mulher me olhou com espanto e começou a gritar comigo, eu dei uma joelhada, e enquanto ela perdia o ar soquei seu rosto com tanta força, que meu soco inglês rasgou um pedaço da pele de sua bochecha, ela caiu arfando, quando comecei a chutar sua cabeça até perder a consciência, e só então parei. Um homem caiu ao meu lado, desmaiado, e percebi que ele tinha um canivete em uma das mãos, eu me abaixei e peguei o canivete. Corri um pouco mais para o centro da luta, onde varias pessoas já estavam mortas ou desmaiadas no chão, uma mulher de cabelos curtos e loiros estava de costas pra mim... Uma péssima ideia da parte dela...
Sem dó nem piedade, enfiei o canivete em suas costas, na base da coluna e subi até quase nos ombros, sangue espirrou em mim, um pouco perto da minha boca, eu limpei ele com a língua, sentindo aquele gosto doce, e enquanto a mulher gritava de dor, uma gargalhada explodiu da minha garganta. Eu estava descontrolada, e sabia disso, mais era a melhor sensação do mundo. Meus braços começaram a tremer pedindo mais, e minha mente pensava apenas em continuar a bater, bater até morrer.                               

                                                                           Raissa Istvan

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Auto análise..!

Como é calmo o mar...
Calmo e tempestuoso ao mesmo tempo...
Como minha mente!
Apresenta uma superfície plana que se estende até onde a vista alcança, com uma cor azul tão intensa, que a primeira vista todos ficam fascinados.  Mais só quem mergulha nele, que o conhece realmente. Cheio de criaturas marinhas das mais diversas, bonitas, feias, algumas engraçadas, umas inofensivas, e outras são monstros sanguinários...
Apresenta locais com água cristalina e lindas barreiras de corais coloridas, cheias de criatividade, mais também apresenta os mais profundos e obscuros abismos, que ninguém se atreve a descer, e quem vê o mar por fora, nem imagina que ele abriga tais obscuridades.
Calmo e tempestuoso...
Claro e escuro...
Lindo e medonho...
Salgado, como minha mente!

                                                                      Raissa Istvan