Capitulo 1
Quando o sinal da escola tocou Andy esperou todos saírem da
sala para ser a ultima a sair, quando todos saíram, ela pegou sua mochila e foi
até a porta, antes de sair olhou o corredor, pra ter certeza de que seu primo
não estava na espreita, mais viu apenas um grupo de garotas que conversavam
alto e estavam rindo, falando sobre garotos e bobagens provavelmente, Andy
tinha 10 anos, não tinha muito interesse por esses assuntos, e pensava que nem
quando ficasse mais velha teria, pois não se imaginava como uma daquelas
garotas um dia. Enquanto andava pelos corredores da escola, que aparentemente
precisavam de uma pintura nova, pois a velha pintura amarela, já estava quase
marrom de sujeira e descascando, olhava frequentemente para trás, procurando
por sinal de seu primo e sua mini gangue de delinquentes, que às vezes a
perseguiam pra insultar ela. Ela não viu nenhum deles, os corredores já estavam
quase vazio, então ela se apressou para o banheiro feminino.
O banheiro não tinha um cheiro muito agradável, quando ela entrou, duas garotas estavam se olhando no espelho e tagarelando, sem nota-la, pegaram suas bolsas e saíram. Andy colocou sua mochila no chão e foi até a pia, a torneira estava um pouco dura de abrir, e fazia um ruído estranho enquanto a água caia, ela encheu suas mãos de água, e jogou no rosto, olhou sua imagem no espelho, seus olhos castanhos amendoados, e seu cabelo preto que caia nos ombros, um rosto de criança, mais Andy não se sentia como uma, ela não fazia as coisas que crianças de 10 anos geralmente fazem, e talvez nem teria essa chance com a vida que levava, seu irmão Jim, que tem 16 anos, fazia o que podia pra que ela tivesse uma vida normal, Andy reconhecia o esforço do seu irmão, mais sabia que era difícil, e ela já não se importava mais, tinha aprendido cedo a se virar. Ela e seu irmão moravam com o tio Gabe, um homem ranzinza, de 45 anos, que não gostava dos dois nem um pouco, e não fazia nenhum esforço pra fingir que gostava, estava com eles só pela pensão que o governo pagava, e como ele é a única família deles, era isso ou um orfanato, onde separariam os irmãos o que estava fora de questão. Gabe tem um filho, Alec, 2 anos mais velho que Andy, que também não era exatamente um doce de pessoa. Alec nunca foi amigável com Andy e seu irmão, dês de que se mudaram para sua casa, quando Andy tinha apenas 5 anos. Ela se lembra de pouca coisa dessa época, pois era muito jovem, seu pai morreu antes dela nascer, por envolvimento com o trafico de drogas, e sua mãe cuidou dos dois, trabalhando como garçonete, até que um dia foi encontrada morta a tiros em uma rua perto de onde trabalhava, até hoje não se sabe quem a matou, e nem o motivo, pois ela aparentemente não tinha nenhum envolvimento com criminosos e traficantes.
Após o incidente ela e seu irmão, foram pra casa do seu tio, um apartamento no subúrbio da cidade, em um prédio velho que fedia a cigarro e mofo, onde um pequeno quarto nos fundos do apartamento, que era uma dispensa, foi ajeitado para os dois. Naquele pequeno quarto, Andy e Jim fizeram seu lar, ele tinha 11 anos na época, e cuidou dela praticamente sozinho. Dez de então viveu neste lar, e passou sua infância foi vendo várias mulheres entrarem e saírem do apartamento do tio, dia e noite, e brigando com seu primo frequentemente, até começar a frequentar a escola, a dois quarteirões de distância de casa, onde não fez questão nenhuma de fazer amigos, pois sempre pareceu para ela, que as pessoas estavam em um mundo diferente do seu!
Sua hora preferida era a do intervalo, quando encontrava seu irmão, que deixava ela ficar com ele e sua turma. Assim seu primo não ia infortunar ela, pois ele tinha medo de Jim.
O banheiro não tinha um cheiro muito agradável, quando ela entrou, duas garotas estavam se olhando no espelho e tagarelando, sem nota-la, pegaram suas bolsas e saíram. Andy colocou sua mochila no chão e foi até a pia, a torneira estava um pouco dura de abrir, e fazia um ruído estranho enquanto a água caia, ela encheu suas mãos de água, e jogou no rosto, olhou sua imagem no espelho, seus olhos castanhos amendoados, e seu cabelo preto que caia nos ombros, um rosto de criança, mais Andy não se sentia como uma, ela não fazia as coisas que crianças de 10 anos geralmente fazem, e talvez nem teria essa chance com a vida que levava, seu irmão Jim, que tem 16 anos, fazia o que podia pra que ela tivesse uma vida normal, Andy reconhecia o esforço do seu irmão, mais sabia que era difícil, e ela já não se importava mais, tinha aprendido cedo a se virar. Ela e seu irmão moravam com o tio Gabe, um homem ranzinza, de 45 anos, que não gostava dos dois nem um pouco, e não fazia nenhum esforço pra fingir que gostava, estava com eles só pela pensão que o governo pagava, e como ele é a única família deles, era isso ou um orfanato, onde separariam os irmãos o que estava fora de questão. Gabe tem um filho, Alec, 2 anos mais velho que Andy, que também não era exatamente um doce de pessoa. Alec nunca foi amigável com Andy e seu irmão, dês de que se mudaram para sua casa, quando Andy tinha apenas 5 anos. Ela se lembra de pouca coisa dessa época, pois era muito jovem, seu pai morreu antes dela nascer, por envolvimento com o trafico de drogas, e sua mãe cuidou dos dois, trabalhando como garçonete, até que um dia foi encontrada morta a tiros em uma rua perto de onde trabalhava, até hoje não se sabe quem a matou, e nem o motivo, pois ela aparentemente não tinha nenhum envolvimento com criminosos e traficantes.
Após o incidente ela e seu irmão, foram pra casa do seu tio, um apartamento no subúrbio da cidade, em um prédio velho que fedia a cigarro e mofo, onde um pequeno quarto nos fundos do apartamento, que era uma dispensa, foi ajeitado para os dois. Naquele pequeno quarto, Andy e Jim fizeram seu lar, ele tinha 11 anos na época, e cuidou dela praticamente sozinho. Dez de então viveu neste lar, e passou sua infância foi vendo várias mulheres entrarem e saírem do apartamento do tio, dia e noite, e brigando com seu primo frequentemente, até começar a frequentar a escola, a dois quarteirões de distância de casa, onde não fez questão nenhuma de fazer amigos, pois sempre pareceu para ela, que as pessoas estavam em um mundo diferente do seu!
Sua hora preferida era a do intervalo, quando encontrava seu irmão, que deixava ela ficar com ele e sua turma. Assim seu primo não ia infortunar ela, pois ele tinha medo de Jim.
Andy pegou sua mochila, olhou por debaixo das portas dos
banheiros, pra ver se não havia ninguém, quando terminou, foi até o fundo do
banheiro onde tinha uma janela, ela pegou a mochila e mandou pela janela,
depois, apoiou seu pé em um buraco da parede por onde subiu e passou pela janela, do outro lado, se
estreitou por um decalque na parede, e andou até onde tinha uma pequena escada
de incêndio, por onde desceu até o pátio dos fundos da escola, que estava
vazio. Ela pegou sua mochila e saiu rápido para os portões dos fundos da
escola.
Ela preferia passar pelos fundos, tanto pra evitar confusão
com seu primo, como para correr até um parque que ficava a um quarteirão atrás
da escola, aonde ela ia quase todos os dias, e se sentava , esperando o tempo
passar. Andy preferia ficar ali, ela não gostava de ficar em casa, quando seu
irmão não estava, pois Gabe bate nela as vezes quando está tonto (que é quase
sempre). Ela não conta isso para seu irmão, pois não quer dar a ele mais
problemas do que já tem. Jim e seu tio vivem brigando, e dês de quando ele
tinha 14 anos, ele sai quase todas as noites, e chega tarde em casa com
hematomas. Ela se sente mal em mentir para o irmão, eles sempre contam tudo um
pro outro, Jim contou a ela, que estava fazendo um trabalho perigoso, mais que
era necessário, pra juntar dinheiro, e assim os dois poderiam sair da casa do
Tio, e viver por conta própria.
Quando chegou ao parque, apenas algumas pessoas estavam lá, um homem passeando com um cachorro, um grupo de adolescentes do outro lado, e uma mulher com um carrinho de bebê. Ela foi até a arvore mais perto, colocou sua mochila no chão, e deitou na grama com sua cabeça na mochila. Olhou para o céu através das folhas da arvore, estava claro ainda, deviam ser umas 16 horas, ela acabou cochilando.
Acordou com o barulho de uma buzina de carro na rua de baixo, quando levantou percebeu que já era noite, pegou sua mochila e foi andando em direção a casa.
Quando chegou na entrada do prédio, subiu as escadas da entrada, e entrou, o saguão, velho que fedia a mofo e cigarro, tinha algumas rachaduras na parede, e um elevador que dês de quando se mudou, nunca funcionou.
‘’Boa noite Andy.’’ Disse o porteiro, um homem baixinho calvo, que ficava atrás do balcão. Ele era um homem gentil, diferente da maioria dos homens no prédio.
‘’Boa noite Garcia.’’ Respondeu Andy ‘’Você viu se meu irmão já chegou?’’
‘’Estou aqui dês das 4, e não vi ele entrar não’’
Droga, Andy pensou, achei que ele já estaria em casa a essa hora.. O Jeito é torcer pro meu tio estar de bom humor hoje, e meu primo também...
‘’Obrigado Garcia, vou subir’’
Andy subiu pelas escadas de ferro que estavam um pouco enferrujadas, até o terceiro andar onde morava, seu apartamento era o ultimo do corredor, passando por um onde uma velha morava sozinha, e outro onde um homem de meia idade que quase ninguém via sair do apartamento morava sozinho.
Antes de entrar, ela colocou os ouvidos na porta pra tentar escutar algo, mais tudo estava em silêncio, então ela entrou, passou pela sala de entrada, que tinha um sofá marrom de um lado da sala, uma televisão de 29polegadas do outro, e uma mesa pequena no centro que tinha um cinzeiro, com um cigarro ainda aceso apoiado, soltando fumaça, e dois copos com uma garrafa de vodka pela metade ao lado. Otimo, pensou, bêbado, e provavelmente com alguma mulher, pelo menos não vai me encher as paciência.
Andy andou pelo corredor em silêncio, quando passou perto do quarto do tio, ouviu gemidos lá dentro, então se apressou até a cozinha, que era pintada de verde musgo, tudo na cozinha era velho, exceto a geladeira, que foi comprada a menos de um mês, pois a outra estava muito velha, e quebrada. Em cima da bancada, tinha uma cesta com algumas maçãs, ela pegou uma e foi para seu quarto. Entrou, e fechou a porta em silêncio.
Quando chegou ao parque, apenas algumas pessoas estavam lá, um homem passeando com um cachorro, um grupo de adolescentes do outro lado, e uma mulher com um carrinho de bebê. Ela foi até a arvore mais perto, colocou sua mochila no chão, e deitou na grama com sua cabeça na mochila. Olhou para o céu através das folhas da arvore, estava claro ainda, deviam ser umas 16 horas, ela acabou cochilando.
Acordou com o barulho de uma buzina de carro na rua de baixo, quando levantou percebeu que já era noite, pegou sua mochila e foi andando em direção a casa.
Quando chegou na entrada do prédio, subiu as escadas da entrada, e entrou, o saguão, velho que fedia a mofo e cigarro, tinha algumas rachaduras na parede, e um elevador que dês de quando se mudou, nunca funcionou.
‘’Boa noite Andy.’’ Disse o porteiro, um homem baixinho calvo, que ficava atrás do balcão. Ele era um homem gentil, diferente da maioria dos homens no prédio.
‘’Boa noite Garcia.’’ Respondeu Andy ‘’Você viu se meu irmão já chegou?’’
‘’Estou aqui dês das 4, e não vi ele entrar não’’
Droga, Andy pensou, achei que ele já estaria em casa a essa hora.. O Jeito é torcer pro meu tio estar de bom humor hoje, e meu primo também...
‘’Obrigado Garcia, vou subir’’
Andy subiu pelas escadas de ferro que estavam um pouco enferrujadas, até o terceiro andar onde morava, seu apartamento era o ultimo do corredor, passando por um onde uma velha morava sozinha, e outro onde um homem de meia idade que quase ninguém via sair do apartamento morava sozinho.
Antes de entrar, ela colocou os ouvidos na porta pra tentar escutar algo, mais tudo estava em silêncio, então ela entrou, passou pela sala de entrada, que tinha um sofá marrom de um lado da sala, uma televisão de 29polegadas do outro, e uma mesa pequena no centro que tinha um cinzeiro, com um cigarro ainda aceso apoiado, soltando fumaça, e dois copos com uma garrafa de vodka pela metade ao lado. Otimo, pensou, bêbado, e provavelmente com alguma mulher, pelo menos não vai me encher as paciência.
Andy andou pelo corredor em silêncio, quando passou perto do quarto do tio, ouviu gemidos lá dentro, então se apressou até a cozinha, que era pintada de verde musgo, tudo na cozinha era velho, exceto a geladeira, que foi comprada a menos de um mês, pois a outra estava muito velha, e quebrada. Em cima da bancada, tinha uma cesta com algumas maçãs, ela pegou uma e foi para seu quarto. Entrou, e fechou a porta em silêncio.
Raissa Istvan
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