"Esse post é referente a musica Helvegen do grupo Wardruna"
Essa musica, tem um significado tão profundo, e uma energia tão específica que fica até difícil de explicar.
Porém ela traduz muito um sentimento dos
antigos, que acredito não pertenceu apenas as culturas escandinavas, mas a
várias outras pelo mundo.
É o que eu pessoalmente atribuí o carinhoso
nome "Síndrome de Aquiles" (não sei se esse termo já existe). Mas,
vou me explicar:
Antes de ir para Troia, aquiles conversou com
sua mãe, que previu seu futuro e lhe deu duas opções: Permanecer na Grécia, se
casar, ter uma boa vida, ser lembrando por seus filhos e netos, porém seu nome
desapareceria do mundo com o passar dos anos. A outra opção era ir para Troia,
morrer em batalha, porém seu nome seria lembrado pela eternidade! E estamos
aqui falando dele, em pleno 2016. Essa canção traduz esse sentimento, ela fala
de morte, mas seu significado não é a morte, e sim a vida. Como diz Gandalf:
"Não devemos nos questionar porque algumas coisas nos acontecem e sim o
que podemos fazer com o tempo que nos é dado."
Penso muito sobre isso. Em um mundo onde tudo
é tão efêmero, o que nos resta? Vamos ser apenas mais um nome em uma lápide?
Porque essa sede de ser lembrado? E será que isso realmente tem algum
significado? Eu não tenho respostas pra essas perguntas, e nem sei se um dia
chegarei a ter, mas de uma coisa tenho certeza, que esse sentimento não é atoa.
Foram tantos na história com esse mesmo sentimento, tantos povos que pensam e
relatam sobre isso. Eu me considero pessoalmente uma portadora da
"síndrome de aquiles", porém não sei o motivo desse sentimento.
Afinal, mesmo que um nome ecoe por mil, dois mil, três mil anos, um dia tudo
irá acabar não é mesmo?
Mas bem, acho que já me fritei de mais pra um
domingo chuvoso como esse, que afinal é um dia perfeito para ouvir essa musica
maravilhosa do Wardruna, que caso alguém não conheça, eu super indico. E pra
finalizar o ultimo refrão da musica, que é traduz tudo o que eu disse:
''O gado morre
Os parentes morrem
Você também vai morrer
Eu sei o que
Nunca morre
A reputação daqueles que morreram"
Raissa Istvan
Eu tambem sou um portador da "Sindrome de aquiles"
ResponderExcluirtipo, eu queria fazer algo muito cabuloso e ser lembrado, mas isso é como um sonho impossivel nos dias de hoje :/
bem vindo ao clube invisivel da Iniciação
ResponderExcluiros invisiveis para a multidão hoje, impulsionados pelo "ad astra per aspera" e um dia reconhecidos na presença dos Deuses, um dia...
Queria tbm poder fazer algo que fosse lembrado, mas parece que quanto mais o tempo passa menos valor nós temos !!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMaravilhosa, sua fala e a musica. Tenho essa síndrome e vejo ela no robô do filme A.I. Inteligência artificial. Na hora que o robô vai "morrer", sumir, pq foi capturado, ele diz "eu existo, eu existi". Acho forte de chorar. Filme vei massa da porra. E legal você falar disso em outras culturas. Amadou Hampate Ba fala dessa reputação além morte no texto Tradição viva. Temos disso nos nossos interiores, eu sinto, onde o indivíduo não some na sociedade. A comunidade sabe quem é quem. A sociedade que é um depósito de humanos indistintos. Viajei. Adorei seu post.
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