É importante ressaltar que essa estoria não se passa em nosso mundo, e apesar de aparentar um período medieval, é mais antigo. Tenho o mapa desse mundo desenhado, mais ainda não tem necessidade postar, pois não é importante no início! Espero que gostem!
''Reitzell podia ouvir as vozes distantes dos amigos a chamando , mas não deu muita atenção. Continuou cuidadosamente adentrando a floresta, os pés mal tocavam o chão e não faziam nenhum ruído,ela estava em silêncio e com a respiração controlada. Nunca chegara tão longe dentro da floresta velha, o máximo foram uns 50 metros quando ainda era uma criança, e a bola com a qual ela e outras crianças brincavam caiu dentro da floresta, seus amigos desistiram da brincadeira e foram pra casa, eles sabiam que se entrassem ali teriam problemas. Mais Reitzell não ficou satisfeita, diferente das pessoas de sua aldeia, ela não tinha medo da floresta, e voltou mais tarde no mesmo dia pra buscar seu brinquedo, entrou com cuidado, foi em direção a bola, a pegou e voltou rapidamente, nem teve tempo de reparar a floresta por dentro, nunca contou a ninguém o que tinha feito, e por fim acabou escondendo a bola, pois sabia que se seus amigos vissem, eles saberiam que ela tinha entrado.
Dessa vez era diferente, seus amigos viram ela entrar, e agora a estão chamando do lado de fora, Reitzell sabia que teria sérios problemas mais já era tarde de mais, por isso agora não faz diferença voltar ou não. Além do mais, ela não queria perder a aposta que fez mais cedo com Lissana, sua amiga que conhecia a tanto tempo que eram quase irmãs. Lissana havia ganhado a ultima disputa de arco e flecha, pois sempre foi melhor no arco, por isso Reitzell não podia se dar ao luxo de perder essa, a que conseguir o maior cervo ganha, e esse é com certeza o maior servo que elas já tinham visto. Separar ele do bando foi fácil, o problema é que o cervo correu pra dentro da floresta velha. Ela estava tão concentrada na caça, que só se deu conta que estava dentro da floresta quando ouviu os amigos a chamando. Nenhum se arriscou a entrar, o que não era uma surpresa, pois outros habitantes da aldeia estavam por perto.
O que significa que ela já está ferrada, sem importar se volte ou não, então pelo menos voltaria com o servo.
Reitzell se espreitou atrás do grosso tronco de um cedro, espiou com um olho, e viu o cervo parado a alguns metros dela, sua pelagem avermelhada daria um ótimo manto para o inverno, e seus enormes chifres poderiam servir de cabo para suas adagas. Ele estava assustado e alerta, com as orelhar eriçadas, atentas a qualquer ruído, então cuidadosamente ela passou a mão pela pena da flecha que está na sua aljava, a puxou e posicionou em seu pequeno arco avermelhado, o colocou deitado na altura dos ombros, e espreitou os olhos procurando a melhor mira. Demorou alguns segundos, até se concentrar e estar pronta, ela deu uma respirada mais profunda e soltou a flecha. Nesse exato instante, um estrondo arrebatou a floresta , e vários pássaros voaram ao sul, Reitzell se assustou, e para seu desgosto o cervo também, pois correu no mesmo instante, e a flecha pegou de raspão. Frustrada, olhou em volta a procura da origem do som, mais foi longe, porém ela sabia que a origem desse som não era animal, era um som metálico, e sem sombras de dúvidas, de origem humana, mais como poderia ser, se essa é uma floresta desabitada?''
(Essa imagem é apenas para ilustrar... Essa não é a aparência da Reitzell)
Raissa Istvan
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