quarta-feira, 31 de julho de 2013

Projeto Reitzell parte II

Continuação do primeiro capitulo:

 ''Neste instante um raio de sol iluminou seu rosto, ela levantou a cabeça e tirou uma mecha de  cabelo castanho que havia caído em seu rosto.  Reitzell começou a reparar no quanto a floresta é bonita, as arvores grandes e velhas, suas grossas raízes que alcançam até 1 metro acima da terra, os troncos escuros com musgos, e as copas que se encontram no alto, deixando pouca luz entrar, mas os poucos raios de sol que entravam com um brilho dourado deixava o local ainda mais belo, como um lugar tão lindo poderia ser proibido? Um novo estrondo a despertou de seu devaneio, um cheiro salgado de sopa invadiu seu nariz, fazendo seu estomago roncar, já era quase hora do almoço, e ela foi tomada por uma estranha curiosidade de saber a origem do cheiro, afinal até onde sabia a floresta era desabitada, então quem poderia ser? Ela foi até onde sua flecha havia caído, percebeu que tinha um pouco de sangue do cervo nela, que ela limpou em seu manto e guardou na aljava, e decidida a descobrir a origem do cheiro tomou seu caminho em rumo ao sul, adentrando cada vez mais na misteriosa e linda floresta.

Enquanto caminhava ela encontrou  várias ervas que estavam em falta na aldeia, colheu algumas e guardou em sua pequena bolsa de suprimentos,após alguns minutos já não ouvia mais a voz dos amigos, e pela primeira vez dês de que entrou na floresta sentiu medo por estar ali sozinha, se deu conta de que poderia ser perigoso, pois algum motivo os aldeões mais antigos tinham em proibir esse lugar. Mais sua curiosidade agora é muita, e ela estava decidida a ir até o final. Quando o cheiro ficou mais forte, Reitzell começou a andar com mais cuidado, sem fazer ruídos, e deixou uma flecha já preparada em seu arco, quando ela avistou uma pequena casa a distância, se esgueirou atrás das arvores para não ser vista, e se aproximou até uma distância razoável. Observando a casa notou que era bem simples, tinha apenas uma porta, e uma janela, era feita de madeira, e parecia bem velha, o telhado era simples adornado de palha, e mato crescia ao redor, dando uma impressão de abandonada. Seu olhar logo foi atraído para um corpo no chão, e quando ela viu quase deu um pequeno grito de surpreza, pois o corpo que estava no chão, era do cervo que estava caçando há pouco tempo. Ele estava morto com uma enorme ferida na cabeça, ela olhou em volta, mais não viu ninguém e os pelos de sua nuca se eriçaram, e ela ficou alguns segundos paralisada, sem saber o que fazer  quando se deu conta de que foi longe de mais, e que estava ali a tempo de mais, então ela se virou e começou a voltar, quando novamente um estrondo a assustou, a fazendo soltar um pequeno grito, e se virar para traz.
O que ela viu nesse momento, ficará pra sempre em sua memória. Um velho olhando diretamente em seus olhos sem transmitir sentimento algum, sua pele morena contrastava com o cabelo levemente grisalho e curto, porém a barba muito longa e acinzentada, usando uma manta marrom avermelhada. Em suas mãos estava um enorme machado sujo de sangue com o cabo verde e um crânio de caveira pendurado, amarrado por uma corda vermelha.  Ele não dizia nada, apenas a fitou com olhos inexpressivos, eles se entreolharam por apenas alguns segundos, o que pareceu uma eternidade. O medo que sentia antes sumiu, mais a sensação de perigo continuava viva, e presa em sua garganta, como se fosse um grito, após esses segundos inexplicáveis, ela voltou a si, se virou e correu, como se sua vida dependesse disso.''

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