terça-feira, 23 de julho de 2013

 Alguns meses atras, eu estava ouvindo uma musica celta, e um trecho de uma estória se formou na minha cabeça. Na mesma hora, peguei o primeiro caderno velho que encontrei, e escrevi.
Essa estória não tem um início, é praticamente o final dela, e eu confesso que não sei como ela começa...
Apenas essa parte me veio a mente, e eu me identifiquei muito, consegui imaginar perfeitamente o momento, como se fosse um passado distante das minhas próprias memórias.
Sem mais delongas, deixo com quem quer que tenha o interece de ler, meu pequeno trecho de um final de jornada:

     
''Finalmente eu estava ali. No centro do circulo de pedras, depois de todas as dificuldades que enfrentei pra chegar até aqui, depois de tudo que passei - Estava tudo terminado. Ainda podia sentir a energia das pedras passando através de mim, arrepiando os pelos dos meus braços, nuca e acelerando meu coração. Abri os olhos. Vi o circulo de pedras, e além delas a imensidão dos campos verdes até onde minha vista podia alcançar o céu nublado anunciando uma tempestade prestes a cair com todos seus relâmpagos e trovões, senti o cheiro de terra molhada... Ah, como eu amo esse cheiro...
Não havia ninguém por perto, eu estava sozinha, ou pelo menos assim pensava, até que me sentei e vi fora do circulo aquelas estranhas criaturas brancas, de corpo pequeno e grandes cabeças, não eram maiores que um cachorro de pequeno porte e por mais estranhos que parecessem não me transmitiam medo. Como sempre, não falavam nada, apenas faziam um estranho barulho que se parecia com o som de pequenos galhos secos se partindo ao serem pisados, mas eu sabia que eles estavam ali pra me guiar de volta, nesse momento me senti triste, queria ficar pra sempre ali, mais infelizmente não podia, pois não pertencia aquele lugar.
Depois de algum tempo observando aquelas criaturas e já entendendo o que elas queriam me dizer com seus ruídos secos, saí dos circulo e imediatamente elas começaram a caminhar e a olhar pra mim, elas queriam que as seguisse e assim o fiz até chegarmos ao alto de um morro, olhei pra trás, e quando vi o circulo de pedras já distante tive vontade de chorar, me segurei o máximo que pude, mas não pude conter uma lágrima que escorreu suavemente pelo meu rosto, provavelmente nunca mais voltaria a ver aquele lugar. Depois de alguns minutos e a tempestade já se mostrando impaciente pude ver a frente o portal, como uma deformação no espaço, uma linda deformação de cor azulada, ondulando no ar como água cristalina. As criaturas me olhavam esperando que eu entrasse, e assim eu fiz, voltando finalmente a minha casa.

Terminando assim minha missão.''



Bem, é isso... Talvez um dia eu me inspire para criar e escrever, um enredo! 
      Obrigado a quem leu!  Raissa Istvan


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